Leia o poema.
Um paninho de crochê,
um lencinho de cambraia,
uma caixinha de fósforos,
e inventei uma praia,
e inventei um navio.
Depois chorei um pouquinho
e fui inventando um rio.
Do crochê deste paninho
eu fiz um jardim de água,
as flores são tão molhadas
como as poesias passadas.
Do lencinho de cambraia
eu inventei um veleiro.
E da caixinha de fósforos
fiz o chão do meu navio.
Puxei depois uma brasa
do fósforo desta caixinha.
Botei fogo na história,
com toda a chama que tinha.
Sylvia Orthoff, Ponto de tecer poesia.
1) Construa maquetes (miniaturas) das imagens que o poema sugere. Use caixas de fósforos, palitos, panos, flores secas, areia, terra e outros.
Professor (a): O poema fala do seu próprio fazer / construção (metatexto, metapoema); o trabalho com a ambiguidade do verso “botei fogo na história” é bastante interessante, isto é, além de fazer referência ao próprio poema, traz a ideia de fim (acabou a história) e de calor e afetividade (a história criada é quente, viva, dinâmica e legal).
◊ Metatexto – 1 Texto literário que está na base de uma crítica ou de um novo texto. 2 Texto que descreve ou explica outro texto. (Dicionário Infopédia).
◊ Metapoema – Poema em que o autor fala sobre o próprio poema, a poesia e/ou seu processo de criação. (Dicionário inFormal).
2) Elabore um texto (em prosa ou verso) conduzindo “seu navio” pelo mundo afora, botando fogo nessa história…
Sugestões
Que interessante, Micheline!Eu Ameiiiii! Vou preparar para as aulas dos alunos!👏👏👏
Bom dia!
Obrigada.